A Paula Melo, morreu no ano passado perto
do 25 de abril. Ao que parece suicidou-se,
mas nunca ninguém quer confirmar uma coisa destas,
eu muito menos.
A Paula era uma personagem curiosa, que durante
a época da escola e da faculdade tivemos os
nossos momentos.
A Paula tocava piano, e estava no conservatório,
e lembro-me que havia daqueles dias de inverno que
eu ia para casa dela, e ela tocava sons e eu dizia
que me fazia sentir, ou a que cores, sabores que eu
associava aos tons que ela tocava.
Era uma brincadeira que levava-nos horas.
Hoje, depois de me terem apresentado um japonio
(a gracinha, claro) e eu ter dito que me sabia a verde, que me
fazia lembrar cor a verde, matas, florestas, relva
acabada de cortar.
Lembrei-me da Paula.
Nunca lhe disse que adorava aquelas tardes de piano,
que me ficou sempre na memória os sons, as cores,
a sensações das coisas que ela tocava.
Nunca lhe disse isso, porque nos últimos tempos
raramente a via, raramente ou nunca... talvez
porque para ela nunca saí do armário.
Ainda hoje guardo religiosamente a pauta de uma
música que ela me ofereceu nos anos. Mas que ela
nunca a tocou para mim, por pura pirraça.
...e pronto. fiquei com uma lágrima
a cair do olho.
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
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