domingo, abril 16, 2006

é dia de páscoa. fiz 34 anos.tenho o pai no hospital.
E nao pretendo algum tipo de simpatia por qualquer um
destes acontecimentos.

A páscoa
Gosto da páscoa pela facilidade com que ela passa.
não há stress e quase que as pessoas não dá por ela.
Não sorrisos amarelos, nem prendas de ocasião. e por obrigação.
A páscoa [para mim] é o continuar a acreditar que é possivel;
que é possivel 2 pessoas que se deram, voltarem a dar-se.
2 amantes que se amaram, se voltarem a amar.
a páscoa é a 2ª oportunidade de se fazer as coisas.
take two. repeat. bis

34 anos
Tenho lidado mal com a idade.
Parece-me que já perdi validade em coisas simples
como o emprego.
Quando digo 34, não me sinto com
34; sinto-me imatura demais para 34.
As pessoas com 34 são pessoas sérias;
E eu não sou séria o suficiente para ter 34.
Com 34 as pessoas sabem coisas que eu ainda não sei.

o pai no hospital
Devia sentir-me aflita. mas não estou.
O afastamento entre ambos afinal fez os seus estragos.
Eu já percebi que terei de ser eu a dar o 1º passo para uma
reconciliação, e ele espera-me para tal.
Mas faltam-me as palavras, porque depois de pedir desculpas,
não lhe vou dizer o que ele quer ouvir.
E o comodismo da distância criou um GAP.
Claro que o adoro. É meu pai, mas adoro o pai que me falava
há 4 anos atrás. Não este. Este não sei quem é.