sexta-feira, fevereiro 15, 2008

sobre a greve em Itália

A forma mais rápida de conseguir um dia sem fazer nestumé a fazer greve.
A greve em Portugal não é um sinal de luta, não.
Em Portugal a greve é vista como uma balda na escola.

Claro que quem faz a greve é o funcionário público.
Não. Não se pense que tenho algo contra eles.
Quem me dera a mim ser funcionária pública.
Poderia até ganhar menos, poderia até não ter uma profissão motivante, mas teria um emprego fixo até morrer,
e se fosse esperta, depois das 5h até tinha tempo
para fazer coisas que gostasse.
Ser funcionário público, é uma bênção.
O funcionário privado, não pode fazer greve.
Para começar, é despedido antes de acabar de
dizer que vai entrar em greve.
Depois, tem prazos e objectivos a cumprir.
Até pode fazer a greve, e não ser despedido por isso.
Mas existe o fantasma da “justa causa” que paira pelo escritório.

Portanto, o poder está na mão do funcionário público.
O funcionário do privado é que não entende por que raio os funcionários públicos querem tantos aumentos…
Deviam saber que o ordenado é calculado com
base numa regra de 3 simples.

Ora bem:

Em 365 dias -------------o empregado deverá trabalhar 1.78544567h
X dias -------------------se só trabalhou 5675767 h

Quantos dias trabalhou ele num ano?

x= (5675767h9 * 365)/ 365


Caramba, este ano com a brincadeira das pontes
e dias de férias, o pessoal fica quase 124 dias sem
trabalhar…
Assim vai ser difícil serem aumentados.

O funcionário privado…. Não tem pontes.
Mete dias de férias que se lixa.

Mas a greve em Portugal é usada de uma forma diferente
daquela que é usada em França, Itália, ou Alemanha.
Aí quando fazem greve, pára tudo.
A nossa greve é à 6ª feira. Fim-de-semana prolongado.
ou no verão... num belo dia de praia.

Não há os quem leve a sério…
Nem nós, as outras formiguinhas….