E nós não sabemos bem porquê.
Há cerca de 2 anos, mais coisa menos coisa,
Tinha uma feijoada marcada cá em casa com um casal amigo.
Um pouco antes o meu amigo ligou e perguntou:
“Aninha, posso levar a minha mãe?”
E eu disse “claro”.
E foi a melhor coisa que eu podia ter dito.
Conheci a Telminha e nesse dia apaixonei-me por aquela pessoa.
Foi indiscutível e indescritível.
Ontem soube que a Telminha estava entre a vida e a morte.
Eu já sabia que ela estava doente, um linfoma, e que um dia
Ela acabaria por ceder, mas não estava à espera que fosse tão depressa.
Assim que soube do estado dela fiquei prostrada
sem saber o que fazer.
Não queria que ela partisse sem me despedir.
E hoje rumei ao hospital preparada para tudo.
Preparada para me despedir.
Mas não.
Quando ela me viu começou a chorar.
As pessoas quando se sentem frágeis choram muito….
E eu disse:
“mas que coisa boa! Deve ser a 1ª vez na minha vida
que alguém me vê, e chora de felicidade!”
A Telminha olhou para mim e riu-se.
Tive o tempo todo de mão dada com ela, limpei-lhe
as lágrimas, afaguei o cabelo, fiz-lhe rir,
contei-lhe histórias minhas.
E saí com a promessa de amanhã voltar
com um livro para lhe ler.
Quero muito que a Telminha não desista.
E quero que amanhã quando a for ver,
ela esteja ainda um pouco mais forte.
quarta-feira, janeiro 31, 2007
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