"os teus olhos desviam-se do propósito do ver que circuncisa a observação dessa quase abstracção,
a que te dás quando me escapas, entre os dedos, agarrada à cauda do Tempo,
deixando no agora o teu nome e a composição da realidade no ontem.
és um balão cheio de gás.
és um astro que se (re)inventa através das continuas combustões
e que se regenera com camadas de dias e noites humidas,
uma escama atrás de outra escama, escorregadia, sinuosa,
como o dragão que fende as águas e tumultua os céus,
celebrando a liberdade de fazer crer que só habita as fantasias
de outros moradores da terra do nunca e do sempre."
Fonte:
ana de sousa baptista, fragmentos - livro 1 (2006)
quarta-feira, julho 05, 2006
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