'ofereço-te redenção se no teu ventre aberto
me deixares dormir...
chegar a um instante da noite e chamar o teu nome,
marcá-lo como separação entre palavras nos livros
e recortá-lo na pele, devagarinho.a cada letra
um contorno de dor atenuado sem cessar,
o tempo, com o beijo dos dedos, para logo
a seguir os afundar.
pintá-los de vermelho profundo
para que se fundam num primeiro olhar
com a língua que sulca o rio denso que se desnuda
convulso do rasgo maior ou mais exposto do canto inferior,
já fora da letra segunda.esventrei o teu nome.'
Fonte:
ana de sousa baptista, fragmentos - livro 1 (2006)
sexta-feira, julho 28, 2006
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