quinta-feira, agosto 25, 2005

ontem tive uma consulta num Hospital Público.
Depois de ter tirado a senha e de ter sido chamada,
a D. Fátima Oliveira começou a preencher a minha ficha
no computador- eram 16 h-
Dedo a dedo, letra a letra.
Tec.......tec.....tec...................tec,tec.......................tec
lá conseguiu escrever o meu nome, que para sorte dela,
ou minha, nem sei bem, são só 3 nomes, e um deles tem 3 letras.

Depois escreveu a morada.
diga lá então. E eu disse.
Mas ela fez qualquer coisa que não devia, e apagou tudo.
- ohhh! que será que eu fiz?! diga lá o seu nome outra vez

(e eu pensei, deve ser para os apanhados)

voltamos ao mesmo.
Tec.......tec.....tec...................tec,tec.......................tec
e ela escreveu o meu nome.
E fomos à morada.
Voltou a fazer o mesmo... apagou tudo de novo.
- De novo?!!! É esta porcaria de computador.

(e eu pensei, deve ser para os apanhados)

e ela volta a pedir o meu nome, e a pedir a minha morada
e conseguiu passar ao passo seguinte.
Telefone, tem?
Eu aqui já estava totalmente debruçada sobre o balcão
E começo a dizer 91 904.
e ela escreve 91 934
- Não, 04...
- ah sim. e emenda 91 04
- nãaaaaao 91 904
- ahhhhh pois, claro.

(e aqui pensei de certeza que é para os apanhados)

pronto d. Ana tem uma ficha toda bonita.
agora é só aguardar (eram 16.30)

Entratanto entrei e saí.
E tive de carimbar a receita.
E lá estava a D. Fátima.
Mostrei o papel e ela disse,« ahh isso é a minha colega
do lado.»
eu olhei e vi a cadeira vazia...
- não há la gente!
-Sim, mas vai ter de esperar.
E esperei... esperei...a d. Fátima ao telefone.
(tinha-se despedido de um médico a pensar que ele ia de férias e
afinal ia sair do hospital)
E eu lá à espera da outra.
entretanto ela desliga o telefone e olha para mim surpresa.
- ainda aí está? deixe lá, eu carimbo isso. a colega já deve ter saído.
(aqui tive a certeza que era para os apanhados.)

Na verdade tive pena que nãotivesse sido para os apanhados.
Eu teria tido os meus minutos de fama, ia aparecer na TV
toda a gente ia ver...
Mas não era para os apanhados.
Era real, e é isso que assusta

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