Quando perguntava aos meus pais
como é que tinha nascido respondiam sempre
com o tecnicismo dos pais que querem ser modernos.
e assim cresci a saber que não tinha vindo de França, ou
que tinha nascido de uma couve-flor, ou sem questionar a
minha não parecença com uma semente de melancia.
Quando cheguei à escola não me surpreendi com a verdade,
e quando as minhas colegas me vinham contar eu respondia
sem grande entusiamo que já sabia. Elas achavam sempre que
alguém se tinha antencipado.
Quando a minha filha começou a crescer e a fazer a pergunta
inevitável vi a responsabilidade que tinha nas mãos. Educar.
E depois da resposta dada, ela ia embora com um ar sonhador
a tentar identificar se alguma cegonha levava um bébé no bico.
"Ainda é cedo" pensei eu
quinta-feira, março 24, 2005
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