quinta-feira, fevereiro 12, 2015

licença de maternidade = licença para matar.

é quase tirar uma licença para matar.
a[outra]mãe do Gil está em casa com o petiz e quando chego a casa
exausta e farta do mundo cá fora, encontro-a em frangalhos.
'não consigo descansar. dormi 40m. comi às 3 da tarde.
mudei as fraldas vezes sem conta. acorda-lo para comer é um quase
um inferno. não consegui tomar banho.'
estas foram algumas das queixas ao fim do 5º dia sozinhos....

Ontem ao conversarmos percebi que ficarem os 2 em casa sozinhos,
é um estado de alerta constante. e percebi que de facto deve ser impossível
dormir pacatamente uma sesta, porque apesar de fechar os olhos os
sentidos têm de estar todos alerta.

é uma imagem quase animalesca de protecção. é quase se a palavra animal social
se decompusesse (é assim que se escreve?, não interessa, não apetece averiguar)
em 2.
Animal - ser altamente protetor que está em constante avaliação dos riscos para a sua cria.
Social - pouco ou nada existe. A capacidade de fazer sala é zero, visto que está em
constante avaliação do perigo.

e depois é seguir o instinto. se os animais criam as crias e elas sobrevivem
imagino que as mães humanas também o consigam.


Como dizia uma amiga minha, existe uma luz ao fundo do túnel,
porque não vai ser sempre assim, mas até chegar ao fim do túnel a viagem
vai ser desgastante.

é preciso uma aldeia para criar uma criança.

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