quarta-feira, novembro 24, 2004

este é um excerto do discurso do Miguel Sousa Tavares
quando a mãe morreu.
Não está necessariamente ligado á morte, mas sim à distância,
às separações da vida. Umas próprias, outras impostas,
separações apenas.

«E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre...»

Talvez seja verdade.
Devagar. Vai-se perdendo a ilusão.

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